Você está visualizando a antiga versão do Blog do Caminho da Graça Estação ABC. O novo blog pode ser acessado nos links abaixo:
http://caminhodagracaabc.blogspot.com
Gradualmente todo o conteúdo deste blog será transferido para a nova versão.
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Às vezes, parece que se foi o tempo de sonhar e de acreditar.
Saber que esqueci de mim, por não querer falar ou pensar mais em você.
Bem sei o quanto doem, feridas que a vida abriu em meio às tempestades.
E eu sem entender motivos, ou sem ter uma verdade.
Ainda quero crer no bom futuro;
Sim, eu quero crer que o amanhã será melhor.
Mas o que me resta e o que me faz viver;
É a fé que você sempre vem, vem me socorrer.
Mesmo que os meus sonhos gritem não,
E os meus olhos tão cansados de enxergar a escuridão.
Ensina-me Senhor, a cada dia,
A desejar sua vontade em meio a agonia,
A esperar contra a esperança, crer no seu poder e viver…
Nossa próxima reunião acontecerá no próximo domingo (31/05/09), às 18h30, em novo endereço! Bem próximo ao antigo local (precisamente a 200 metros de distância!)
Eis um mapa para o atual local de nossas reuniões em Santo André, na Rua Santo André 661 Mudamos!!! Rua Cel. Agenor de Camargo, 435– Vila Assunção.
REFERÊNCIAS AOS QUE NÃO SE ACHAM COM MAPAS A rua Agenor de Camargo fica logo abaixo da rua Santo André, que é a rua da Igreja Católica Apostólica Romana matriz de Santo André (igreja rosa), por este motivo, há vários locais de estacionamento na praça de tal igreja. A rua Santo André é a paralela imediata abaixo da rua João Ramalho, a rua do Hospital Municipal de Santo André. A rua Santo André é a segunda paralela acima da avenida Perimetral (Cel. Alfredo Fláquer), avenida esta que se inicia no Paço Municipal de Santo André.
O salão onde acontecem nossas reuniões fica praticamente de frente para a praça da igreja rosa.
O acesso, uma vez estando na avenida Perimetral, é feito entrando na Rua Guilherme Marconi (rua do Hospital Cristovão da Gama) e entrar na segunda rua à direita, já é a rua Santo André . Logo no próximo quarteirão à direita está a praça em frente à igreja rosa, desça à direita e você cairá na Rua Agenor de Camargo, bem próximo ao número 435.
“Pastoreai o Rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.”
Na Primeira Carta de S. Pedro 5:2-3
Há uma coisa que deveria ser pejorativamente chamada de “espírito de pastor”, e essa tal coisa é uma casta existencial difícil de deixar a gente.
O fato é que há muita gente “possessa desse espírito”, o qual tira da pessoa a possibilidade de ser ela mesma, fazendo dela um clone psicológico de um modo de sentir completamente artificial, e sem espontaneidade humana com os outros e com a própria pessoa.
Eu só tinha 18 anos e meio, e era apenas um menino amante de Jesus. Pregava em toda parte. Não queria ser pastor e nem ordenado. Desejava apenas pregar, e pregava. Aos 21 anos, me ordenaram, mesmo sem que eu tenha aceitado as imposições da denominação para ordenar ministros.
Então, logo começaram a me chamar de “Reverendo”. Aquele garoto livre, agora, de súbito, da noite para o dia, era o “Reverendo Caio”. Aí o tratamento passa a mudar: O melhor lugar na casa, na mesa, na sala, no salão, no aniversário, no funeral, nas festas de casamento, nas bodas, etc. As pessoas começam a ver o “sacerdote”, o homem diferente dos homens, o santo, o ungido do Senhor, o anjo da igreja…; e também se percebe que as pessoas mudam com você; mas raramente se percebe que depois de um tempo, muito suave e lentamente, você também aceita a mudança que fizeram acerca de você. Ora, é aí que nasce o “espírito de pastor”!
Então, começa a transformação do ser humano numa figura totêmica, um totem erguido para a manutenção de tudo: Ele é santo pelos outros; é puro pelos demais; é quem não se diverte pelos que se divertem; é quem não fica doente para poder curar; é quem “estuda Deus” e “entende de Deus”, a fim de poder explicar; e é quem é exemplo para se fazer clones comunitários. Se ele não casa os que se casam, eles se ressentem e magoam. Se ele está viajando quando alguém morre, ele abandonou o moribundo. Se ele está de férias, a igreja pode esvaziar. Ou seja: sem ele, nada do que foi feito de fez ou se faz! Vivendo sob tais responsabilidades e honras, o indivíduo vai virando pajé e não sente. Ou, em muitas ocasiões, passa a gostar mesmo de ser essa figura totemizada para a “igreja”.
Ora, é nesta necessidade que o povo tem de ter “sacerdotes” e “figuras cultuadas”, que tanto os bem intencionados se corrompem entregando-se ao “espírito de pastor”; como também os lobos se aproveitam e tiram as carnes do rebanho.
De fato, os ministérios pastoral, episcopal, apostólico ou de qualquer outra natureza já carregam em si próprios o germe do poder desse imantamento espiritual. As pessoas olham para qualquer desses “seres” — “ungidos” formalmente para tais posições —, como “ungidos do Senhor”; aqueles contra os quais não se pode ter uma opinião, pois, em assim sendo, Deus mesmo punirá os “rebeldes”, ou “hereges”, ou “desviados”. Imagine quanto poder isto significa! Ali está um homem que é visto como “o homem de Deus” no meio dos demais homens “normais”, e, de tal projeção, pode nascer apenas o “pastor clerical”, como também pode vingar qualquer maluquice!
Eu tenho por certo que todos os modos de clericalismo são malignos em relação à saúde do indivíduo que carrega o peso cultural dessa “posição”.
E a comunidade também fica adoecida! Sim, porque enquanto ela vê o líder com tais olhos, ela não cresce; ao contrário, se infantiliza; e jamais aprende a andar com as próprias pernas.
Ora, o verdadeiro pastor cuida, não domina; ajuda, não controla; alimenta, não explora; só se faz notado em caso absolutamente necessário; e deixa a porta aberta, de tal modo que todos entram e saem e acham pastagem.
A analogia do Bom Pastor em João 10, todavia, é perfeita no seu todo apenas em relação a Jesus, e a mais ninguém. Isto porque em relação a Jesus todos nós somos apenas ovelhas do rebanho.
Porém, em relação a nenhum “outro pastor”, nós devemos ser “ovelhas do rebanho”; posto que ser ovelha de Jesus já nos põe na condição de só ouvir a voz de um homem se ela for de acordo com a Voz do Único Pastor; do contrário, a ordem de Jesus é para não “seguir a voz do estranho”, pois somos o Rebanho de Deus.
Portanto, o verdadeiro pastor de homens é apenas mais um do rebanho único, sendo somente uma ovelha que já se deixou ensinar um pouco mais pela voz do Único Pastor. É na Sua fidelidade e reconhecimento à Voz do Pastor que ele se qualifica para ser pastor entre ovelhas, pois, conforme Pedro, ele se torna “modelo do rebanho”.
Assim, é o caminho da ovelha seguindo o Pastor, o que a torna uma ovelha-pastor; visto que seu passo e obediência estabelecem referência para as demais.
O problema é que alguns “pastores” e clérigos pensam que são os “Jesuses” da comunidade; e, diferentemente de Jesus, transformam-se nos lobos que não amam as ovelhas, mas apenas os privilégios e poderes que delas “arrancam”.
E como agravante, a “igreja”, por ser pagã ainda em sua essência, precisa desses “pastores tiranos”, pois, como associam a “figura clerical” ao “representante de Deus”, sentem-se objeticamente mais seguras se têm um déspota dizendo o que fazer, o que não fazer, com quem casar ou não, e quem é quem.
“Não é assim entre vós!”— disse Jesus!
Foi por esta razão que Jesus tirou as roupas de cima e se cingiu de uma toalha e passou a lavar os pés dos discípulos. Sim, porque liderar é, sobretudo, poder lavar pés e servir em nudez.
Na realidade, além de tudo o que o gesto de Jesus ensina, nele também vemos o modelo existencial do significado da liderança: O líder serve em revelação de sua humanidade. E os liderados são servidos aceitando a humanidade de quem lidera servindo de modo humano. E Jesus disse a Pedro que ou seria assim, ou Pedro não teria parte com Ele!
Somente quando os líderes tiverem a coragem de fazer como Paulo e Barnabé, que rasgaram as roupas e expuseram sua nudez quando foram chamados de “deuses”, é que aqueles que crerem no que as lideranças disserem, não ficarão ainda mais adoecidos de idolatria.
Hoje se dá o contrário da experiência dos apóstolos: a maioria dos líderes faz todo o possível para passar por deuses; e, o povo, vai se ameninando na fé, apenas trocando de “pai-de-santo”, ou de pajé ou de sacerdote; porém existindo sob a escravidão da espiritualidade da idolatria; adorando e servindo a criatura, mesmo que se vistam de pastores, bispos ou apóstolos.
No Caminho nós temos buscado diante de Deus e conforme o Evangelho, quebrar todos esses paradigmas totêmicos. Sugiro que todos, em todo lugar, e com todo bom coração, assim o façam também, em nome de Jesus, o Bom Pastor!
Nele, Que é o Caminho, a Verdade e a Vida, e em Quem “Caminho” é apenas um nome da jornada de fé,
Caio
A vida – em seu curso natural – vez ou outra traz-nos surpresas; somos assaltados por situações que querem nos fazer acreditar, querem nos convencer que é uma instalação definitiva.
Neste momento é que descobrimos sentimentos que nem sabíamos que existiam, o fato de não tê-los vivido, não tê-los experimentado, faz com que não se infiltrem em nosso vocabulário de emoção, não sabemos do que chamá-los, como tratá-los. Mas eles existem, tanto que a gente quer colocar um nome, achar um termo que identifique, que dê sentido ou ache co-participes do mesmo sentir de modo a não sermos os únicos a ter isto doendo no coração.
Há “coisas” que existem, não foram ainda descobertas e por isso não têm nome ou sentido para nós. E recebem nomes segundo a visão particular, à própria pele, e quando identificamos uma dor com o mesmo nome, ainda assim é diferente, pois conseguimos distingui-la pelo peso com que nos é apresentada. A dor pode ter o mesmo nome, mas ninguém sabe o quanto que me pesa, o quanto que custa a mim carregá-la e senti-la.
Sérgio Pimenta, antes de morrer devido ao câncer que se instalara, fez uma canção: “Só quem sofreu, pode avaliar quem sofreu, pode se identificar, pode ter o mesmo sentir…”. A experiência, o experimentar, possuir um portfólio de sentidos e emoções, faz com que haja um novo vocabulário, os matizes de cores mudam, há a extrapolação de significados, basta lembrar que a língua esquimó tem cerca de quarenta palavras para “branco” e umas quinze para “neve”; o mundo deles é totalmente branco, cujos tons são devidamente denominados; e a neve é o fenômeno constante, eles conhecem todas as variações e as expressam de modo que todos que vivem por lá identificam, enquanto que para nós, habitantes dos trópicos, é quase uma abstração, branco é branco e neve é neve, para eles houve uma expansão do espectro de cores, ou melhor, da cor branca.
Em meio a novos sentimentos e novos sentidos, o mais difícil é considerá-los simplesmente como um imparcial e neutro novo sentimento, só isto! Não é bom e nem é mau, somente é novo; o que eu faço com eles, o jeito que eu os percebo, os manipulo e direciono é que fará a diferença, enquanto isto é só um novo sentimento. Em meio a dor, em meio a tormenta, desafio é descansar, é ter a sensação de que chegamos em casa, de que dobramos as velas da nossa embarcação…
O termo chegar veio de uma linguagem náutica, usava-se plicare vela, isto é, dobrar as velas da nau quanto a embarcação chega ao porto, ‘aproximar-se do litoral’. Para tornar mais fluente e mais rápida, dizia-se apenas plicare, daí que veio “chegar” e “llegar”. Descansar é dobrar as velas, é ver que o litoral, a nossa casa está perto, é chegar e experimentar o porto seguro.
Engraçado que na Dácia, usava-se o mesmo “plicare” só que dizia-se plicare tentoria ou plicare sarcinam, “dobrar a tenda” ou “a mochila”, indicando a hora de “partir”, não de chegar! Esse uso era próprio da linguagem militar, usada para levantar acampamento e partir, só que da mesma forma, por contração da frase, para deixar mais fluente e mais rápida a conversa, o povo da Dácia usava também somente plicare na acepção geral de “dobrar”, tanto que em romeno pleca significa tanto “partir” como “dobrar”.
Plicare na linguagem náutica é chegar e em romeno é partir, a mesma palavra com sentidos totalmente opostos.
Acabamos sendo confrontados a descansar mais no sentido romeno, de levantar acampamento, de se fazer algo a respeito, do que no sentido de chegar, de dobrar as velas, de vivenciar o porto seguro, parece que funciona mais se fizermos alguma coisa a respeito do que somente descansar.
E é um misto, um desafio filosófico mesmo; o paradoxo de ao mesmo tempo que havemos de descansar, de chegar ao litoral, de dobrar as velas; descansar também é levantar acampamento, é dobrar as tendas, é deixar para trás aquela instalação de guerra, é mudar de posição; é um partir da situação anterior de vigília e chegar na esfera do “aquitetai-vos”.
Nem todos os dias são iguais, nem todas as noites são iguais…
Existe uma solidão latente em nós que se manifesta no travesseiro; naquele momento um pouco antes de dormir, no momento em que os pensamentos ainda conseguem estruturarem-se e apresentar conclusões, apresentar casos e causos, apresentar você mesmo como um ser só e suas dores como de fato são: dores únicas, tal como você, querendo iniciar um processo de autopiedade, de autocomiseração, em que o papel de sofredor solitário é muito atraente.
Não há como negar que as dores de cada um possui o tom, a cor, a densidade de cada um, realmente são únicas. Não há como negar que pode haver nomes idênticos às mesmas dores, mas não há dores e sentir idênticos a outros.
Chegar ao litoral para descansar pode ficar mais fácil quando se vê ao longe uma fogueira na praia; o cheiro almiscarado das madeiras litorâneas invadindo o ar com a fumaça, o mesmo aroma de quando as calçadas litorâneas são varridas e as folhas são queimadas depois.
Chegar ao litoral para descansar pode ficar mais fácil quando – mesmo em plena noite de trabalho em vão – você percebe alguém junto à fogueira, um vulto, alguém familiar, alguém por quem você tem motivo para voltar.
Chegar ao litoral para descansar pode ficar mais fácil quando você descobre que não é só você que conhece os seus mares, quando este alguém prova que basta jogar a rede no lugar que Ele quer para que tudo dê certo.
Chegar ao litoral para descansar pode ficar mais fácil quando – independente do produto de seu trabalho – há peixe assado na praia, feito pelas mesmas mãos; mãos que transformaram água em vinho, que tocaram em olhos que eram nulos e cegos e os fizeram voltar a ver, que expulsaram demônios, que tocaram em uma menininha morta e a fez voltar da morte, que abençoaram crianças e que partiram o pão dizendo que era corpo e levantaram o cálice dizendo que era seu sangue, mãos que tiveram os pulsos furados e transpassados por pregos na cruz e que agora alimentam a fogueira e preparam o melhor peixe para os que chegam de uma noite de dores, de perdas e de redes vazias.
Chegar ao litoral para descansar pode ficar mais fácil quando você descobre que suas dores não podem mais serem chamadas de suas, pois são Deles também, e contrariando toda a pessoalidade e exclusiva propriedade privada do sentir e do perceber dores, Ele conhece todas as suas aflições, pois as viveu também.
Homem de dores que sabe o que é sofrer; conhece todas as neves, todos os brancos, todas as dores.
Dobrou as tendas e levantou acampamento mesmo sendo Deus e quis chegar ao nosso litoral de humanidade por amor a nós.
Não há mais momentos solitários em travesseiros, pois Ele está em nosso litoral esperando que dobremos as velas e cheguemos, cheguemos e nos aquietemos, sabendo que Ele é Deus…
Senhor, eu creio, ajuda-me em minha falta de fé, ainda mais em momentos que as dores querem ser mais presentes do que a Sua própria presença; em que a benção de tratamentos parece ser a geradora das dores que serão curadas, momentos em que nunca foi tão pesado dobrar as velas
Quero chegar e descansar, abandonar aquele acampamento de guerra onde as armas eram tão somente minhas…
Dinho – Alexandre Melatto
Estação ABC
dinho@caminhoabc.com.br
Aos domingos, 18h30, a Estação ABC do Caminho da Graça tem seus encontros.
Programe-se, participe, venha como estiver…
Dia 12 de abril de 2009.
Lucas, mano amado, falará sobre a Graça, a Páscoa e a nossa vida…
Dia 19 de abril de 2009.
Nosso querido Luiz, maridão da Sandra, é quem terá o privilégio de “prosear” sobre as coisas dos céus!
Dia 26 de abril de 2009.
O Sandy, sim “O” Sandy – MARIDO da Karla – será O preletor da noite!!!
Será no dia 26 de abril de 2009 (também) que o povo se encontrará às 8h30 da madrugada em frente à Estação ABC para irmos à fazenda do Sandy & Karla em Ribeirão Pires, a primeira cidade da Serra do Mar (Pérola da Serra), onde teremos uma churrascada e “piscinada” naqueles milhões de metros quadrados em que a República Federativa do Brasil ocupa uma parte da área, gentileza e generosidade de Sandy & Karla à nossa nação em ceder um espaço para comportar nosso país.
Breve mais informações!
Admitimos que somos todos estranhos e todos amados por DEUS, mesmo em nossa estranheza…
Somos estranhos e – paradoxalmente – conhecidos Dele e por Ele.
Memórias, lembranças, saudades, de repente somos assaltados por cenas de algo que não deveria ter virado passado tão rápido, ah a saudade de abraçar, de ter o olhar de novo, de saber que está lá…
Fica uma sensação de orfandade, a clara percepção de que algo a mais poderia ter sido feito, mesmo que não se saiba o que.
Resta acreditar que – Sim – há um Deus e foi Ele quem emprestou o Ramom Villares, nunca nos pertenceu, não o perdemos, nunca foi nosso, tivemos a graça, fomos honrados, tivemos a visitação de uma vida gerada pelo próprio Deus, vida escolhida para ficar entre nós no meio de outras 6 bilhões de vidas que poderiam ter sido seu lar aqui na terra, fomos presenteados pelo nosso amoroso Papai, por seu Espírito feito brisa suave e por Aquele que foi sua maior prova de amor, seu filho Jesus. Assim, Ele não nos tirou o Ramom Villares, simplesmente o fez retornar para casa, junto Dele novamente.
A luta para respirar, para fazer bater o coração, para aceitar a tetraplegia acabou; agora é descansar nos braços do Papai…
Voltou ao lar, aos braços Daquele que lhe dera o fôlego da vida.
Podemos ter a impressão de que a presença dele foi tão rápida, uma duração tão curta, poucos anos, poucos dias, momentos que são lembrados em segundos, a sensação de que aconteceu muito cedo… Que chegue logo o dia em que conseguiremos entender que tudo foi no tempo oportuno, tudo ocorreu no melhor tempo, na época certa de colheita, no tempo em que Deus o viu maduro, no tempo em que houve o kairós de Deus, o tempo dos céus e não de nós homens, que chegue logo este dia em que conseguiremos entender…
Se pudesse nos ouvir, diríamos: Seja bem vindo de volta ao seu primeiro lar, Ramom Villares.
Senhor Deus, obrigado pelo empréstimo, dá-nos seu consolo, sua paz, que saibamos e tenhamos certeza de que o Senhor sempre esteve com Ramom Villares, a cada momento, a cada respirar; que entendamos que o Senhor cooperou para o bem, o melhor para ele a partir do acidente com a moto, que agiu no tempo oportuno, em Seu kairós.
Console a Marilu, o Marcos, a família e todos os próximos; que as lágrimas rolem somente no ciclo de quanto esta noite durar e que o amanhecer chegue logo, que a alegria no Senhor volte, apesar e independente da falta que Ramom Villares fará por aqui. Obrigado por ele ser Seu, e pela Sua presença na vida dele – e na nossa – nunca ter faltado, ainda que a presença do Ramom faça falta para nós.
Enxugue nossas lágrimas, abrande a nossa dor, acalente a nossa alma… Amém!
A Estação ABC do Caminho da Graça se põe junto aos que amavam o Ramom Villares, oramos por ele em nossos encontros, compadecemo-nos, por meio da Marilu Speciale, amiga de infância dele e caminhante conosco neste site, autora das reflexões do livro “A Cabana” aqui no caminhoabc.com.br. Ramom Villares voltou ao Papai às 3h da manhã desta quarta-feira, 1 de abril de 2009, após lutar pela vida durante semanas, em decorrência de um grave acidente de moto.
Domingo – 29 de março de 2009 – 18h30.
Há um lugar para você!
Independente do rumo que a sua vida tomou ou do que já foi decretado como morto em sua existência.
Um lugar onde “Ninguém é chamado para se explicar. A vida da pessoa a explica todos os dias…” Você não é visitante, posto que de uma forma ou de outra está no Caminho; seja em um pernoite, numa estação ou numa trajetória.
Terá música para ouvirmos, cantarmos e refletirmos.
Terá uma mesa para ficarmos à volta; comermos e bebermos juntos.
Terá uma exposição sobre Lucas 10:21 e saberemos sobre Sábios, Inteligentes e Criancinhas.
Terá uma mesa que ficará à volta de nossa vida; seremos tomados pelo pão e pelo fruto da uva, não em efeitos místicos ou mágicos, mas em significados e simbolismos, na Ceia da Aliança, na Eucaristia, na Comunhão, na Santa Ceia, no pão e no vinho…
Mais do que convidado, você faz parte desta mesa, há um lugar para você!
Tomara nos vejamos por lá!
Alexandre Melatto – Dinho
dinho@caminhoabc.com.br
Estação ABC
Caminho da Graça
Rua Santo André, 661 – ao lado da Igreja Católica Matriz de Santo André (igreja rosa)